domingo, 20 de novembro de 2011

7 fatores que fazem as pessoas acreditarem em coisas estranhas


Em uma pequena cidade de Illinois (EUA), um bandido misterioso – e bizarro – estampava as capas dos jornais lá por volta de 1944. Tudo começou com uma mulher que declarou que um homem entrou em seu quarto no meio da noite e anestesiou suas pernas com um spray a gás paralisante. Logo apareceram os jornais com manchetes como “BANDIDO DO ANESTÉSICO À SOLTA”. E, nos 13 dias seguintes, cerca de 25 casos semelhantes foram relatados e amplamente explorados pela imprensa. A polícia da cidade ficou de prontidão. E os maridos com suas armas carregadas. Duas semanas depois, ninguém havia sido preso. E nenhum vestígio químico havia sido descoberto. Assim, tanto a polícia quanto a mídia começaram a se referir ao evento como um caso de “histeria de massa”.
Ondas de avistamentos de ETs, chupacabras, fantasmas ou bandidos bizarros cuja existência nunca foi comprovada aparecem de tempos em tempos em diversos lugares. Às vezes, vira moda ver sinais milagrosos – ou mensagens malignas escondidas em músicas, rótulos, filmes. Mas o que leva uma pessoa a acreditar em coisas como essas? É disso que fala o livro “Por que as pessoas acreditam em coisas estranhas?”, do psicólogo e historiador da ciência americano Michael Shermer. O critério usado por ele para definir o que são coisas “estranhas” é a falta de evidências científicas para comprovar sua existência.
Com base no livro, listamos alguns fatores que influenciam nesse tipo de crença – e podem fazer, inclusive, com que pessoas extremamente inteligentes sejam pegas. Afinal, garante ele, ninguém está completamente imune à histeria coletiva. Dê uma lida e depois diga pra gente se você concorda ou não.
1. Elas querem acreditar
Segundo Michael Shermer, a principal razão pela qual as pessoas acreditam em coisas estranhas é simpes: elas querem acreditar. Mas por que? Porque dá bem-estar, é reconfortante e consola. Para Shermer, se alguém perguntar qual é a sua posição sobre a vida após a morte, é provável que você diga que é favorável. E explica: “O fato de eu ser favorável à vida após a morte não significa que vou consegui-la [ou que ele acredito nela]. Mas quem não a quereria? É esse o ponto. É uma reação muito humana acreditar nas coisas que nos fazem sentir melhor”.
2. A gratificação imediata
Muitas crenças estranhas promovem um bem-estar instantâneo. Shermer cita no livro o exemplo dos médiuns que atendem pelo telefone – a um custo de 3,95 dólares por minuto. Eles usam as chamadas técnicas de leitura a frio: vão tentando adivinhar as coisas partindo de informações mais gerais (envolvendo coisas banais que são verdadeiras para quase todo mundo, como “pressões financeiras vêm lhe causando problemas” – afinal, até Eike Batista terá um dia difícil se perder grana no mercado financeiro). A partir das pistas que as pessoas vão dando, os supostos médiuns conseguem deduzir as informações mais específicas que irão impressionar. Se o médium diz algo que não corresponde à realidade da pessoa naquele momento, a saída é simples: ele diz que a coisa vai acontecer no futuro. E a pessoa acredita.  Afinal, a grande sacada é que eles não precisam estar certos o tempo todo. “Quem telefona costuma esquecer os erros e lembrar mais dos acertos e, o mais importante, as pessoas desejam que o médium acerte. Os céticos não gastam 3,95 dólares por minuto nisso, mas os crentes sim”, explica o autor.
3. Simplicidade
Para termos uma gratificação imediata, é preciso que as crenças tenham explicações simples para as coisas complexas do mundo. “Coisas boas e ruins acontecem tanto para as pessoas boas quanto para as ruins, aparentemente de modo aleatório. As explicações científicas costumam ser complicadas e requerem treino e esforço para ser entendidas. A superstição e a crença no destino e no sobrenatural oferecem um caminho mais simples”, diz Shermer. Para ilustrar isso, ele conta uma experiência de Harry Edwards, chefe da Australian Skeptics Society (Sociedade dos Céticos Australianos).
Edwards publicou uma carta num jornal local falando sobre uma galinha de estimação que ele costumava carregar empoleirada nos seu ombro. Às vezes, porém, ela não se segurava e acabava deixando um “cartão de visitas” na sua camisa. Mas o que poderia ser algo desagradável acabava dando origem a acontecimentos muito positivos. Edwards listou alguns desses episódios e os correlacionou com certos eventos que ocorriam em seguida e chegou à conclusão de que o cocô da galinha lhe trazia boa sorte. Sempre que ela carimbava sua roupa, ele encontrava uma carteira com dinheiro, ganhava na loteria, recebia alguma notícia boa. Então ele levou a ave para várias consultas espirituais e descobriu que ela havia sido um filantropo numa vida passada e que tinha reencarnado para fazer o bem às pessoas – por meio de suas fezes. Assim, Edwards terminou sua carta ao jornal oferecendo-se para vender saquinhos com o “cocô da sorte” de sua galinha. Era tudo um teste, mas ele recebeu dois pedidos e 20 dólares pela “mercadoria”. Sim, houve pessoas que compraram a história. Porque ela era simples – mais fácil que as leis da probabilidade, por exemplo.

4. Nível de incertezas e perigos do local
O local onde a pessoa está influencia suas crenças. Estudos mostraram que quanto mais incertezas o ambiente oferece, maior é a superstição. O antropólogo Bronislaw Malinowski constatou, por exemplo, que os habitantes das ilhas Trobriand, no litoral da Nova Guiné, recorriam mais a rituais supersticiosos à medida que se afastavam no mar para pescar. Nas águas calmas das lagoas a que estavam acostumados, os rituais desapareciam. Ele concluiu, então, que a magia aparece em situações em que estão em jogo a incerteza, o acaso e um jogo emocional intenso entre a esperança e o medo. “Não encontramos isso quando a atividade é certa, confiável e está sob o controle de métodos racionais e processos tecnológicos”, conta Malinowski.
5. Abertura a novas experiências
Estudos envolvendo experiências místicas concluíram que as pessoas com maior predisposição ao misticismo (ou seja, à crença em coisas estranhas) tendem a ter uma personalidade com altos níveis de complexidade, abertura a novas experiências, variedade de interesses, inovação, tolerância à ambiguidade e criatividade. Elas também podem ter maior propensão a serem absorvidas em fantasias, capacidade de suspender o processo de julgamento que permite separar eventos reais e imaginação e uma boa disposição de investir seus recursos mentais para representar o objeto imaginário do modo mais vívido possível.
6. O fato de pessoas inteligentes em um campo da ciência não serem necessariamente inteligentes em outro
Michael Shermer chama atenção para o fato de que muitos pesquisadores brilhantes em certas áreas podem cometer erros e deixar passar fatos importantes, por ignorância, ao fazerem incursões em outras áreas.  “Os recém-chegados de outros campos, que em geral se enfiam com os dois pés sem o treino e a experiência exigidos, passam a gerar novas ideias que consideram – por causa do sucesso que obtiveram em seu próprio campo – revolucionárias”. O problema é que, na maioria dos casos, aquelas ideias já foram avaliadas anos ou até décadas antes – e foram rejeitadas por razões legítimas.
7. “Pessoas inteligentes acreditam em coisas estranhas porque têm capacidade para defender crenças às quais chegaram por razões não inteligentes”
Segundo Shermer, a maioria das pessoas constitui suas crenças por uma variedade de razões que não têm muita evidência empírica nem raciocínio lógico. Elas fazem suas escolhas segundo variáveis como a constituição genética, social, influência de familiares e amigos, experiências pessoais etc. “Selecionamos dentre a massa de dados aquilo que confirme mais as coisas em que já acreditamos e ignoramos ou racionalizamos o que não vem confirma-las. Todos fazemos isso, mas as pessoas inteligentes fazem melhor, seja por talento ou por estarem treinadas”, explica. Assim, elas também podem defender melhor suas crenças para si mesmas.



Para saber mais:

“Por que as pessoas acreditam em coisas estranhas?”
 Michael Shermer, Editora JSN

domingo, 4 de setembro de 2011

Quais são os 10 filmes mais violentos da história?


Para você, o que é o extremo da violência? Uma cabeça cruelmente esmagada? Um horripilante picadinho de carne humana? Ou - socorro! - um inocente bilau arrancado a dentadas? Por via das dúvidas, incluímos essas três coisas e mais um monte de atrocidades. Para compilar as dez produções mais punks de todos os tempos, reunimos um trio da pesada: o crítico Luís Carlos Merten, do jornal O Estado de S. Paulo, o jornalista Carlos Primati, colaborador de Mundo Estranho e editor da revista Cine Monstro, e o cineasta Carlos Reichenbach, diretor de filmes como Dois Córregos e Garotas do ABC. Nossa lista juntou filmes bem conhecidos, como Kill Bill vol. 1 e 2, e produções independentes, como o cult Aniversário Macabro. Nas telonas, a tendência de mostrar a violência nua e crua despontou na década de 30 com o suspense gângster Scarface, a Vergonha de uma Nação, de 1932. Como seus tiroteios pareciam reais, o filme teve sérios problemas com a censura. Por causa de Scarface, o governo americano lançou o chamado Código Hays, um conjunto de leis para controlar o banho de sangue nas telas, que durou até o fim da década de 60. Depois desse período, a violência voltou especialmente no cinema de terror e seus subgêneros, como os splatter movies, onde o sangue literalmente espirra na tela (o maior representante é A Noite dos Mortos Vivos, de 1978). Faltou ainda falar dos chamados snuff movies, vídeos sadomasoquistas que culminariam com o assassinato "real" de um dos atores. Parece supermacabro, mas não se assuste: tudo indica que os snuff não passam de lenda. Nos Estados Unidos, o FBI investigou a existência desse tipo de filme por 20 anos. Não encontrou um exemplar sequer.
Overdose de ketchupTop 10 macabro exagera no banho de sangue falso
Macbeth
DIRETOR - Roman Polanski
ANO - 1971
CENA MAIS PUNK - Macbeth apunhala o rei Duncan várias vezes enquanto dorme, numa cena que não fazia parte da montagem original da peça
A versão mais sangrenta desse clássico de Shakespeare foi filmada dois anos após o assassinato de Sharon Tate, mulher do franco-polonês Roman Polanski. Para os críticos, o trauma do diretor explica o excesso de violência na produção
Tragam-me a cabeça de Alfredo Garcia
DIRETOR - Sam Peckinpah
ANO - 1974
CENA MAIS PUNK - Uma garota grávida tem o braço quebrado pelo próprio pai
Neste western mexicano, um fazendeiro tortura a própria filha e promete 1 milhão de dólares para quem trouxer a cabeça - literalmente - de Alfredo Garcia, que teria engravidado a menina. O bangue-bangue foi proibido na Suécia, Alemanha e Argentina
A marca do diabo
DIRETOR - Michael Armstrong
ANO - 1970
CENA MAIS PUNK - Uma mulher acusada de bruxaria tem a língua arrancada numa sessão de tortura
As torturas da inquisição medieval são o cenário para esse clássico do horror. Logo na abertura, freiras aparecem sendo estupradas. Alguns cinemas que exibiram o filme distribuíram sacos de vômito para a audiência agüentar o tranco
Aniversário macabro
DIRETOR - Wes Craven
ANO - 1972
CENA MAIS PUNK - Garota arranca pênis de bandido a dentadas
O criador das séries A Hora do Pesadelo e Pânico estreou na direção com esse filme barra-pesada, em que um grupo de criminosos estupra, tortura e mata duas garotas. Não é à toa que o filme ficou proibido por 30 anos na Grã-Bretanha
Taxi Driver-Motorista de taxi
DIRETOR - Martin Scorsese
ANO - 1976
CENA MAIS PUNK - Um gigolô tem os dedos das mãos arrancados a tiros
Neste suspense, Robert de Niro vive um taxista doidão que decide matar um candidato à presidência americana. O tiroteio no bordel é tão sanguinolento que os produtores tiveram de amenizá-lo na pós-produção, tirando um pouco da cor da cena e deixando o sangue com um tom rosado
Assassinos por natureza
DIRETOR - Oliver Stone
ANO - 1994
CENA MAIS PUNK - Com a ajuda do namorado, filha afoga o pai e põe fogo na mãe
Woody Harrelson e Juliette Lewis vivem dois psicopatas que viajam exterminando pessoas. Para tentar diminuir a censura do filme, o diretor Oliver Stone cortou ou refez 150 trechos antes da edição final. Mesmo assim, o suspense foi proibido na Irlanda
Canibal Holocausto
DIRETOR - Ruggero Deodato
ANO - 1980
CENA MAIS PUNK - Uma garota é empalada com uma estaca de madeira que sai pela boca
Para contar essa história sobre canibais famintos, o diretor Ruggero Deodato chegou a matar bichos de verdade. E, para combater uma onda de boatos, teve de levar os atores a um programa de TV na Itália para provar que eles não tinham virado ensopado na selva
Irreversível
DIRETOR - Gaspar Noé
ANO - 2002
CENA MAIS PUNK - Estuprador tem sua cabeça esmagada com um extintor de incêndio
A deusa Monica Belucci interpreta uma mulher estuprada numa cena que dura quase 20 minutos. Além do enredo hardcore, a primeira meia hora desse filme francês tem um incômodo ruído de fundo que provoca náusea e vertigem. No cinema, muita gente desencanava de assistir ao filme no meio da sessão
A história de Rick
DIRETOR - Ngai Kai Lam
ANO - 1991
CENA MAIS PUNK - Homem vira picadinho num moedor de carne gigante
Essa mistura de terror e comédia mistura kung-fu, membros decepados e olhos arrancados. Na cena do moedor de carne, a produção usou tanto sangue falso que o ator que encarnou Ricky não conseguiu tirar o corante vermelho da pele por três dias
Kill Bill - Vol. 1 e 2
DIRETOR - Quentin Tarantino
ANOS - 2003 e 2004
CENA MAIS PUNK - Após uma tremenda surra, A Noiva, grávida, leva um tiro na cabeça
Principalmente na parte 1, o épico de Quentin Tarantino carrega na pancadaria. Na seqüência em que a Noiva enfrenta um exército de mascarados, 57 pessoas vão para o saco. E o ketchup jorra sem dó: ao todo, os produtores usaram mais de 1 700 litros de sangue de mentirinha nos dois filmes.
por Cíntia Cristina da Silva

sábado, 6 de agosto de 2011

Por que sentimos cócegas?


As cócegas são uma reação de autodefesa do organismo diante de alguma coisa que toca a pele. Os cientistas acreditam que elas sejam uma resposta primitiva do ser humano, existente desde os nossos antepassados. Essa espécie de instinto divertido funcionaria como um alerta para o corpo, estimulando-o a reagir diante de uma situação de perigo, como, por exemplo, uma aranha ou um escorpião andando sobre a pessoa. Além disso, as cócegas também servem como uma manifestação de carinho entre algumas espécies animais, como os macacos. "Pessoas que têm uma percepção mais aguçada do corpo normalmente sentem mais cócegas", afirma o neurologista Luiz Celso Pereira Vilanova, da Universidade Federal de São Paulo. E por que a gente não consegue fazer cócegas em nós mesmos? Simples: porque nosso cérebro sabe quando provocamos um estímulo em nós mesmos e acaba anulando a "sensação de perigo" que dispara as cócegas.
Risada nervosaÁreas do corpo com mais receptores táteis são as mais sensíveis
1. Nossa pele está repleta de receptores táteis, que são terminações nervosas responsáveis não apenas pela captação do estímulo das cócegas mas também de sensações de dor, coceira, frio ou calor
2. Algumas áreas do corpo, como as axilas e a plantados pés, têm uma concentração maior desses receptores. Por isso, são regiões mais sensíveis às cócegas. As áreas citadas são aquelas com mais receptores táteis
Regiões mais sensíveis
• Palma das mãos
• Planta dos pés
• Abdômen
• Axilas
• Nuca
• Orelha
• Virilha
3. No cérebro, os impulsos nervosos são reconhecidos por uma região do córtex cerebral chamada de giro pós-central. A resposta imediata é um comando que faz a pessoa realizar movimentos bruscos do corpo e dar gargalhadas. São as cócegas
4. Dependendo da forma como a pela é tocada nestas regiões, os receptores captam o estímulo e o transformam num impulso nervoso. Percorrendo feixes nervosos - as chamadas vias de sensibilidade tátil -, esse impulso chega ao cérebro

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Por que a pipoca de microondas deve ser posta com um lado certo para cima?



Na verdade, o buraco é mais embaixo - o que importa não é o que está em cima, mas sim o fundo do saquinho. Olha só: a base da embalagem tem uma camada de poliéster metalizado, um material parecido com o plástico, mais escuro e pesado que o resto do saco. Essa camada tem uma função superimportante: o poliéster faz com que as ondas de calor emitidas pelo microondas se concentrem em um só local. Atraindo as ondas, o material aumenta o calor no fundo do saquinho (a temperatura pode chegar a 250 ºC!), dando uma bela força para a eficácia do estouro. Como essa camada é mais pesada, os fabricantes costumam recomendar que ela fique virada para baixo - por isso vem escrito "este lado para cima" no outro extremo da embalagem. Mas se você tiver um ataque de rebeldia e virar o saco do lado contrário, o máximo que pode acontecer é a pipoca demorar mais tempo para estourar e deixar mais piruás, aqueles grãos de milho que não viram flor. De resto, pode ficar tranqüilo: as camadas de poliéster já são usadas há mais de 15 anos nas embalagens depipoca, sem alterar o gosto da guloseima ou causar qualquer problema à saúde.

Que alimentos estão em risco de extinção?


por Sheyla Miranda
Mais de 750 produtos alimentícios, de 48 países, estão ameaçados de sumir. O levantamento, batizado de Arca do Gosto, é feito pela ONG internacional Slow Food desde 1996. "Além do risco de sumir do mapa, para estar na lista, oalimento deve ter excelência gastronômica (rico em cheiro, sabor e textura), estar ligado ao contexto e à memória de uma comunidade, ser feito de modo artesanal e, de preferência, sustentável", diz a nutricionista Neide Rigo, membro da comissão brasileira que analisa a entrada de produtos na lista negra. As principais razões que levam um alimento à zona de risco são: perda da tradição no modo de preparo; produção complexa; coleta não sustentável; localização do produto em área devastada; e desinteresse mercadológico, que faz com que produtores desistam de cultivar determinadas espécies.
NATUREZA (QUASE) MORTAAprecie algumas das centenas de plantas, animais e alimentos processados que podem virar peça de museuMARMELADA DE SANTA LUZIA
PAÍS Brasil
AMEAÇAS Perda da tradição e desinteresse mercadológico
Surgiu em comunidades de descendentes de escravos na região de Luiziânia, Goiás. Desde o século 17, a receita é passada de geração a geração, e hoje está nas mãos de
30 famílias. O volume de produção é pouco, atendendo regiões vizinhas
ARATU PAÍS Brasil
AMEAÇAS Coleta não sustentável e devastação ambiental
O caranguejo vermelho está cada vez mais raro nos mangues de Sergipe. Isso se deve à captura de aratus pequenos e fêmeas em fase reprodutiva. Toxinas liberadas pela ração dada a camarões criados na região também dizimam os aratus
>> Para tentar salvar os aratus, projetos de coleta responsável dos bichos estão sendo instituídos entre os produtores
PALMITO-JUÇARA PAÍS Brasil
AMEAÇA Coleta não sustentável
A variedade de palmito mais ameaçada cresce em áreas de mata Atlântica no Sul e no Sudeste do país. Extraído de modo predatório há décadas, o alimento só não desapareceu por causa do plantio de palmeiras juçara em reservas indígenas
ASPARGO VIOLETA DE ALBENGA PAÍS Itália
AMEAÇAS Produção complicada e desinteresse mercadológico
Esta variedade demora para ser colhida e requer técnicas de cultivo e colheita que a encarecem, diminuindo o interesse dos produtores. Em 1930, chegou a ser cultivado em mais de 300 hectares. Nos anos 2000, a área não passa de 10 hectares
HIDROMEL PAÍS Polônia
AMEAÇAS Perda da tradição e produção complexa
A bebida caseira, feita com uma parte de água e duas de mel, se parece com um vinho
licoroso. Apenas um produtor segue a antiga receita, aprendida com a mãe. O hidromel deve envelhecer por até sete anos antes de ser servido
MAÇÃ ESPERIEGA PAÍS Espanha
AMEAÇA Desinteresse mercadológico
A partir dos anos 70, o comércio local passou a lucrar mais com maçãs vindas dos EUA e as Esperiega foram sumindo. Graças a um grupo de jovens agricultores, a variedade
está sendo reintroduzida no mercado
CACAU BARLAVENTO PAÍS Venezuela
AMEAÇAS Devastação ambiental e desinteresse mercadológico
Além da concorrência dos cacaus da Indonésia e da Malásia, uma enchente destruiu um terço de sua área produtiva. De importância histórica para comunidades indígenas venezuelanas, o alimento ainda é produzido em pequena quantidade
CEBOLA SAPPOROKII PAÍS Japão
AMEAÇAS Produção complexa e desinteresse mercadológico
O cultivo requer colocar sementes em uma estufa, transplantá-las na terra e colhê-las após sete meses. Além do longo e custoso processo, a variedade é vulnerável a doenças. Dos 70 mil hectares cultivados nos anos 70, restam 20 mil
MELÃO DE MONTREAL PAÍS Canadá
AMEAÇAS Desinteresse mercadológico e produção complexa
Até meados dos anos 90 achava-se que a fruta estivesse extinta. Como o cultivo requer cuidados intensivos e transporte especial para frutas grandes e frágeis, o mercado passou a preferir espécies menos complicadas e mais baratas
>> O replantio do melão, dado como extinto, foi feito com sementes encontradas num centro de pesquisas agrícolas dos EUA em 1995
CHEDDAR ARTESANAL SOMERSET PAÍS Inglaterra
AMEAÇA Perda da tradição
Este cheddar esbranquiçado é feito com leite cru e uma bactéria típica de Somerset. A procura começou a cair nos anos 50, com o uso de leite pasteurizado na produção local de queijos. Só 5% dos produtores seguem a tradição no preparo
MERKEN PAÍS Chile
AMEAÇA Desinteresse mercadológico
Esta pimenta vermelha defumada já foi muito popular entre os chilenos. As novas gerações não dão mais tanto valor ao produto por enxergá-lo como sinônimo de pobreza e de influências indianas no país
BRASILEIROS EM RISCODentre os 23 alimentos nacionais ameaçados estão: umbu - fruta do Nordeste -, arroz vermelho, néctar de abelha, castanha de baru, palmito-babaçu e pirarucu - peixe amazônico
CONSULTORIA Neide Rigo, nutricionista e membro da comissão brasileira da Arca do Gosto; Cenia Salles, pesquisadora e consultora gastronômica, líder do Convivium São Paulo da Sloq Food Brasil

Qual a diferença entre cogumelo comestível, venenoso e alucinógeno?





Como existem muitas espécies de cogumelos - fala-se em 1,5 milhão - e nenhuma característica física denuncia a presença de veneno ou substâncias alucinógenas, é muito difícil (e perigoso) diferenciá-los no "olhômetro". Para piorar as coisas, estima-se que nem 5% das espécies estejam classificadas na literatura biológica. Isso significa que nem um micologista (especialista em fungos) muito experiente pode enfiar na boca um cogumelo achado no meio da floresta. Mesmo que ele se pareça muito com uma espécie comestível, é bom desconfiar, afinal um mesmo gênero pode ter espécies que matam, deixam doidão ou, simplesmente, enchem a barriga (veja o exemplo do gênero Amanita nas fotos abaixo). Em laboratório, há duas formas de se identificar um cogumelo: análise morfológica e bioquímica. A primeira nada mais é do que comparar as características da espécie encontrada com as das já identificadas e cata-logadas nos livros científicos. Para isso, leva-se em conta o formato, as medidas e a coloração do cogumelo. Mesmo que ele se pareça com alguma espécie conhecida, por precaução é analisado por um bioquímico treinado para identificar a presença de toxinas (como a alfa-amanitina, encontrada no Amanita phalloides) e substâncias alucinógenas (como a psicilobina, do Psilocibe cubensis).

Faz mal tomar energético em excesso?



Em excesso, nada faz bem, mas as bebidas energéticas não têm nenhuma substância que possa causar um grande mal a quem as ingere. Na verdade, os energéticos nada mais são do que refrigerantes com uma dose maior de cafeína e uma pitada de taurina, substância presente no nosso corpo que aumenta a resistência física. Cafeína em excesso faz mal, pensará você, com toda razão, mas a quantidade dessa substância nos energéticos não é grande coisa. "Uma lata de energético tem a mesma quantidade de cafeína que 50 ml de café (uma xícara pequena), 600 ml de Coca-Cola ou 200 ml de chá preto", diz o psicobiólogo Sionaldo Ferreira, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Portanto, se você tomar muitas latinhas de energético, um efeito possível é a sensação de queimação - afinal, a cafeína estimula a liberação de substâncias ácidas no estômago -, mas isso só acontece com pessoas que já têm algum problema estomacal, como gastrite. O grande problema do energético é que, em bares e baladas, ele é misturado a bebidas como vodca e uísque. Além de diluir o álcool e deixar a mistura mais agradável ao paladar, a cafeína e a taurina deixam a pessoa mais agitada, impulsionando-a a beber mais. Segundo um estudo da Unifesp, é possível ainda que os energéticos prolonguem a excitação desencadeada pelo álcool e levem as pessoas a fazer um juízo errado das suas capacidades - o sujeito enche a cara do drinque doce e acha que está pronto para pegar o carro. O pior de tudo é que 76% das pessoas entrevistadas consomem energéticos com álcool.

Qual é a temperatura necessária para fritar um ovo na rua?


Não existe nenhuma pesquisa séria a respeito, mas os cientistas têm alguns palpites. "Para fritar um ovo, a superfície em que vai ocorrer a fritura deve estar a uns 60 ºC. Acho que em uma cidade como o Rio de Janeiro, dá para alcançar essa temperatura quando a temperatura ambiente está a cerca de 40 ºC", afirma o químico Jivaldo do Rosário Matos, da Universidade de São Paulo. Para que a fritura ocorra, é melhor que o ovo esteja no asfalto - ele é preto, não reflete nenhum espectro de luz solar e vai absorvendo o calor lentamente. Segundo, a umidade do ar precisa estar baixa, para que o calor emitido pelo asfalto não seja reduzido pelo vapor d’água na atmosfera. Em dias quando os termômetros marcam em torno de 40 ºC, com o sol a pino, é bem possível que a temperaturado asfalto passe dos 60 ºC. O ovo recebe essa transferência de calor e começa a fritar. Isso rola porque as proteínas que existem principalmente na clara passam por um reagrupamento: elas mudam de uma união meio fraca, que dá a consistência gosmenta do ovo cru, para uma união mais forte, gerando a consistência mais sólida do ovo frito. Então, já sabe: na falta de uma frigideira, espere um dia quente e seco pra fazer um belo omelete!
por Fernando Badô

Qual é o sanduíche mais calórico do mundo?


O campeão em calorias é o verdadeiramente monstruoso Monster Thickburger, da rede de fast food americana Hardee’s, com nada menos que 1 410 calorias! Só para você ter uma idéia, isso equivale às calorias de quase dois Big Tasty, o sanduba gigante do McDonald’s. No ranking dos mais calóricos, os três primeiros colocados são da rede Hardee’s, que resolveu ir na contramão da onda light e apostar nos megaburguers. Para chegar a essa lista, consideramos apenas os lanches produzidos em larga escala, por grandes redes de fast food. Se fôssemos considerar sanduíches produzidos fora de linha, certamente o campeão viria do livro dos recordes. Segundo o Guinness, o vencedor é um monstrengo de 2 467 quilos, produzido em Michigan, nos Estados Unidos, em março de 2005. Só de carne, ele tinha 468 quilos, mais 117 de queijo e 1 618 de pão! O sanduba media 5,34 metros de altura e 3,6 metros de diâmetro!
Dá para encarar?Todos os sandubas top 5 têm mais de mil calorias!
1. Monster Thickburger
Calorias - 1 410
Peso - 413 g
Rede - Hardee’s
Ingredientes - Pão com gergelim untado com manteiga, 2 hambúrgueres de 150 gramas cada, 4 fatias de bacon,3 fatias de queijo e maionese
A bomba - O que torna o Monster tão calórico é mesmo a gordura - são 107 gramas. "A grande quantidade de gordura e colesterolé associada a doenças cardiovasculares", diza nutricionista Renata Padovani, da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp
2. 2/3 LB Double Bacon
Calorias - Cheese Thickburger
Peso - 1 300 462 g
Rede - Hardee’s
Ingredientes - Pão com gergelim untado com manteiga, 2 hambúrgueres de 150 gramas cada, bacon, queijo americano, tomate, alface, cebola roxa e maionese
A bomba - Além da gordura, o sanduba tem 2 110 mg de sódio. "Recomenda-se não ultrapassar 2 300 miligramas de sódio ao dia. O consumo acima dessa quantidade pode aumentar o risco de hipertensão arterial", diz Renata
3. 2/3 LB Double Thickburger
Calorias - 1 240
Peso - 471 g
Rede - Hardee’s
Ingredientes - Dois hambúrgueres de 150 gramas cada, queijo americano, tomate, alface, cebola roxa, maionese, ketchup, mostarda, picles e pão com gergelim
A bomba - A gordura sempre está presente nos sandubas mais calóricos, mas a maioria deles tem ainda outro problema: são pobres em fibras. O Double Thickburger, por exemplo, tem só 3 gramas desse componente que ajuda na digestão
4. Triplo Whopper com Queijo
Calorias - 1 230
Peso - 480 g
Rede - burger king
Ingredientes - Três hambúrgueres (totalizando 337 gramas de carne), 2 fatias de queijo americano, alface, maionese, tomate, picles, cebola e pão com gergelim levemente torrado
A bomba - Os 3,5 gramas de gordura trans do sanduba do Burger King podem ser perigosos. "A gordura trans se associa à doenças cardiovasculares, elevando o colesterol LDL, o ‘colesterol ruim’", afirma a nutricionista Renata
5. Bacon ‘n’ cheese Ciabatta burger
Calorias - 1 140
Peso - 395 g
Rede - jack in the box
Ingredientes - Dois hambúrgueres de 75 gramas cada, maionese de cheddar, alface, tomate, cebola roxa, 2 fatias de bacon, 2 fatias de queijo americano e pão ciabatta
A bomba - O bacon e o queijo caprichado trazem de lambuja nesselanche nada menos que 135 miligramas de colesterol, quase a metade da ingestão diária recomendada (300 mg)!
por Marina Motomura

Qual o local mais visitado do mundo?


A atração turística mais visitada do mundo é a Times Square, em Nova York. É a região onde fica a Broadway, com seus inúmeros teatros e letreiros luminosos. Sozinho, por ano, a Times Square recebe 35 milhões de turistas, entre americanos e gringos. Já no ranking dos países mais populares, o campeão é aFrança, que recebeu 79,1 milhões de turistas em 2006, segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT). Os dados só computam turistas que chegam de fora - o movimento de turistas dentro de um mesmo país não entra na conta. No ranking global, o Brasil não empolga: com 5 milhões de visitantes, ficou em 37º lugar, atrás de países como Croácia (22º) e Cingapura (29º). Alguns países ganharam simpatizantes de um tempo para cá. A Turquia, por exemplo, recebia apenas 7,1 milhões de turistas em 1995, contra 18,9 milhões em 2006. Já a Polônia perdeu visitantes: em 95, recebeu 19,2 milhões de turistas, número que caiu para 15,7 milhões em 2006. :>D
Os endereços favoritos...Dos cinco lugares mais bombados, dois são parques da Disney
1. TimeS square
LOCALIZAÇÃO - New York, EUA
TURISTAS POR ANO - 35 milhões
2. National Mall & Memorial Parks
LOCALIZAÇÃO - Washington, EUA
TURISTAS POR ANO - 25 milhões
3. Disney World’s Magic Kingdom
LOCALIZAÇÃO - Lake Buena Vista, EUA
TURISTAS POR ANO - 16,6 milhões
4. Trafalgar Square
LOCALIZAÇÃO - Londres, Inglaterra
TURISTAS POR ANO - 15 milhões
5. Disneyland Park
LOCALIZAÇÃO - Anaheim, EUA
TURISTAS POR ANO - 14,7 milhões
Fonte: revista forbes traveler
...E os países mais popularesNações européias ainda são as preferidas
POSIÇÃO - 1º
PAÍS - França
TURISTAS RECEBIDOS EM 2006 - 79,1 milhões
POSIÇÃO - 2º
PAÍS - Espanha
TURISTAS RECEBIDOS EM 2006 - 58,5 milhões
POSIÇÃO - 3º
PAÍS - EUA
TURISTAS RECEBIDOS EM 2006 - 51,1 milhões
POSIÇÃO - 4º
PAÍS - China
TURISTAS RECEBIDOS EM 2006 - 49,6 milhões
POSIÇÃO - 5º
PAÍS - Itália
TURISTAS RECEBIDOS EM 2006 - 41,1 milhões
Fonte: organização mundial do turismo

Americanos criam pônei que cospe fogo para feira de invenções

te quiero!
Sabe qual é o melhor jeito de apagar os Pôneis Malditos da sua memória? Descobrir que existe um pônei robótico que cospe fogo e é acionado por um controle remoto de Wii.(clique no link pôneis malditos e veja o vídeo).



Inventores americanos criaram esse protótipo divertidíssimo para exibir durante a Maker Faire de Detroit deste ano, que aconteceu no último fim de semana de julho. Além de soltar rajadas de fogo, o robô também mexe a cabeça para os lados. A melhor parte da história é que a invenção é uma adaptação de um brinquedo infantil – um pônei que não cospe fogo originalmente, por sinal -, que foi transformado nessa doce máquina mortífera. O robô é chamado carinhosamente de Meu Pequeno Pônei Cuspidor de Fogo por seus criadores.

Como era o sexo na Antiguidade?


Na Antiguidade, a prostituição era regulamentada, o divórcio começou a existir e havia até deuses do sexo! Os documentos da Idade Antiga, que vai de 4000 a.C. ao século 5 d.C. de acordo com a datação convencional, mostram curiosidades sobre a vida sexual de povos como gregos, romanos e egípcios. Os romanos, por exemplo, prezavam tanto o sexo que havia uma lei para desincentivar o celibato: a solteirice e a falta de filhos eram punidos, e as pessoas cheias de herdeiros tinham privilégios. Foi também na Idade Antiga que os conhecimentos científicos sobre o rala-e-rola começaram a se aprimorar com Hipócrates, considerado o pai da medicina. Os romanos também estudavam o corpo humano e já conheciam algumas doenças venéreas, como a gonorreia, termo cunhado por Galeno no século 2. Mesmo assim, algumas crendices sexuais bizarras permaneciam. Na Grécia, por exemplo, acreditava-se que o contato com uma mulher menstruada faria o vinho novo ficar azedo e faria as árvores não dar mais frutos. :-()
À MODA ANTIGA
Prostituição e homossexualidade eram comuns, mas havia leis severas para punir abusos
CASAMENTO
Os gregos e romanos eram monogâmicos - no império de Diocleciano, emRoma, a bigamia foi declarada ofensa civil. Mas os grecoromanos descobriram que o amor não é eterno: foi nessa época que surgiu o divórcio. Na Romaarcaica, as mulheres adúlteras podiam ser condenadas à morte - isso só mudou após uma lei do imperador Augusto, que trocou a pena para o exílio.
POSIÇÕES
Em Roma, as posições sexuais apareciam em pinturas, mosaicos e objetos de uso cotidiano, como lamparinas, taças e até moedas. Em uma face, ficava a posição sexual, e, na outra, um número. Para alguns historiadores, as moedas eram fichas de bordel, e as posições com penetração tinham números maiores, indicando que poderiam ser mais valorizadas.
MASTURBAÇÃO
Nada de condenar o sexo solitário: na Grécia e na Roma antigas, a masturbação era vista como natural. No Egito, a masturbação era até parte do mito da criação. Um dos ditos piramidais afirma que Aton, o deus do Sol, teria criado o deus Shu e a deusa Tefnut através do sêmen de sua masturbação!
HOMOSSEXUALIDADE
Casais de homem com homem e mulher com mulher eram comuns na Grécia. Havia até mitos para explicar a origem da pederastia, a relação entre homens maduros e jovens: o primeiro dizia que Orfeu, um dos seres da mitologia grega, acabou se apaixonando por adolescentes depois que sua mulher, Eurídice, morreu. Outra lenda afirma que a pederastia começou com o músico Tamíris, que foi seduzido pelo belo Jacinto.
CIÊNCIA
O grego Hipócrates, pioneiro da medicina, achava que o útero poderia deslocar-se pelo corpo da mulher em busca de umidade e poderia chegar até o fígado! Mas ele também deu bolas dentro: calculou a duração da gravidez em 10 meses lunares (cerca de 290 dias do nosso calendário), tempo parecido com os 9 meses atuais, e prescreveu semente de cenoura como anticoncepcional e abortivo.
PAQUERA
Os galanteios dos romanos seguiam um manual: o livro A Arte de Amar, do poeta Ovídio, escrito entre 1 a.C. e 1 d.C. Entre as dicas dadas pelo escritor, estava o uso do goró: "O vinho prepara os corações e os torna aptos aos ardores amorosos". Ovídio também incentivava a galera a melhorar o visu: "Esconda os defeitos e, o quanto possível, dissimule suas imperfeições físicas".
NO TRIBUNAL
A legislação sexual da Roma antiga era polêmica! Eram puníveis com a morte: adultério cometido pela esposa, incesto e relação sexual entre uma mulher e um escravo. No estupro, a punição sobrava até para a vítima - se não gritasse por socorro, a virgem poderia ser queimada viva! Entre as penas leves, estava a apreensão de propriedades de quem fizesse sexo anal. No Egito, o adultério era mau negócio: os homens eram castrados e as mulheres ficavam sem o nariz.
PROSTITUIÇÃO
Regras para sexo pago eram diferentes na Grécia e em Roma
GRÉCIA
As moças da vida não eram todas iguais - elas seguiam uma hierarquia. A maioria delas era escrava, mas havia também mulheres vendidas aos bordéis pelos pais ou irmãos.
CLASSE ALTA
Prostitutas de primeira classe, com treinamento intelectual e cultural.
CLASSE MÉDIA
Tocadoras de flauta e dançarinas, especialistas em ginástica e sexo oral. Eram imigrantes.
CLASSE BAIXA
Vendidas pela família, ganhavam mal e tinham poucos direitos.
ROMA
Registradas e pagadoras de impostos, as prostitutas se vestiam com tecidos floridos ou transparentes, e, por lei, não podiam usar a estola, veste das mulheres livres, nem a cor violeta. Os cabelos deviam ser amarelos ou vermelhos. O lugar mais comum de trabalho delas era sob arcos arquitetônicos: a palavra fornicação vem do latim fornice, que significa arco.